1. O que é auto-hemoterapia?
É uma técnica simples, em que,
mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no
músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que
são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do
organismo.
Os macrófagos é que fazem a limpeza
de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células
cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza
total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado.
Ocorre esse aumento de produção de macrófagos
pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona
como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo
Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema
Retículo Endotelial está sendo ativado. E só
termina essa ativação máxima ao fim de cinco
dias.
A taxa normal de macrófagos é de 5%
(cinco por cento) no sangue e, com a auto-hemoterapia, nós
elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5
(cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia,
começa a declinar, porque o sangue está terminando no
músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento).
Daí a razão da técnica determinar que a
auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias.
Essa é a razão de como funciona a
auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo,
basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não
depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é
tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há
trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica
aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia
e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene
e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação
no músculo, mais nada. E resulta num estímulo
imunológico poderosíssimo.
“A auto-hemoterapia é
um método terapêutico valioso, em numerosas dermatoses,
sobretudo nas afecções pruriginosas e furunculoses”.
Esta é a síntese da conclusão de Tese de
Doutorado intitulada “A auto-hemoterapia nas dermatoses”,
apresentada pelo Dr. Alberto Carlos David na Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, Portugal, em 1924. A tese comprova que a
técnica é usada desde a primeira metade do século
XIX e apresenta casos que comprovam a cura através do seu uso.
O documento está disponível no site daquela
Universidade portuguesa, através do link
http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/17607
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário